A pandemia de coronavírus forneceu inúmeras novas frases. Distanciamento social, achatamento da curva e abrigo são apenas alguns exemplos.
As condições subjacentes também se tornaram um termo comum que coloca medo no coração de qualquer pessoa que sofra de uma variedade de problemas de saúde. Para aqueles com diagnóstico de mesotelioma, uma das condições subjacentes mais graves, a ideia de contrair COVID-19 é assustadora. O medo dessa combinação cria estresse. O estresse pode comprometer ainda mais o sistema imunológico já afetado pela continuação dos tratamentos de quimioterapia.
Recursos de saúde esgotados
O medo de contrair o vírus é apenas o começo. Um sistema de saúde sobrecarregado vê opções limitadas de cuidados. Médicos, enfermeiros, cuidadores e outros profissionais médicos são forçados a concentrar-se na crise imediata que o coronavírus apresenta. Em vez de atenderem seus pacientes com mesotelioma, eles são desviados para lidar com o fluxo de entrada de pessoas afetadas pela COVID-19.
Priorizar a propagação pandêmica de um vírus mortal limita o tempo que eles podem gastar fornecendo tratamentos contra o câncer tão necessários. A crescente perda de empregos também elimina a opção de seguro de saúde fornecido pelo empregador. O desemprego limita ainda mais as opções de ajuda ou cria um encargo financeiro com um futuro de contas médicas altíssimas.
Qualquer tipo de atraso no atendimento é perigoso e mortal, impedindo o progresso daqueles que respondem bem aos tratamentos. Emocionalmente, a falta de contato regular com os médicos traz sentimentos de isolamento. A sua visão do futuro torna-se sombria quando tudo o que vêem são opções limitadas, se é que existem.
Dados Detalhes Medo
Um estudo conduzido pela American Cancer Society revela que metade dos pacientes pesquisados está lutando com sua saúde mental devido ao diagnóstico de mesotelioma e não sendo capaz de cobrir financeiramente os tratamentos. Mais de dois terços temem ser infectados ao saírem de casa devido à falta de distanciamento social.
Um surto global de um vírus mortal combinado com recursos de saúde esgotados e outros factores evoluiu para o pior tipo de “tempestade perfeita” não só para os pacientes com mesotelioma, mas também para aqueles que sofrem e estão a ser tratados para cancro de qualquer tipo ou gravidade.